Nessa semana uma publicação muito importante deixou muitos físicos perplexos.
Cientistas colocaram em dúvida os pilares da fisica moderna elaborados por Albert Einstein.
O experimento OPERA (Oscillation Project with Emulsion-tRacking Apparatus) está localizado a 1.400 metros de profundidade, no Laboratório Gran Sasso, na Itália.
Um detector ultra-sensível recebe um feixe de neutrinos disparado do laboratório CERN, na Suíça - onde está o LHC - que está localizado a mais de 730 quilômetros de distância.
O que os pesquisadores concluíram é que os neutrinos estão chegando 60 nanossegundos antes do que deveriam.
E isso só pode ser possível se eles estiverem viajando a uma
velocidade maior do que 299.792.458 metros por segundo, que é a
velocidade exata da luz
.
Para checar seus resultados, os cientistas usaram relógios atômicos e
avançados sistemas de GPS, conseguindo com isso reduzir a incerteza da
distância percorrida pelos neutrinos para 20 centímetros - em relação
aos 730 km do feixe.
O tempo de chegada dos neutrinos foi medido com uma incerteza de 10 nanossegundos.
Neutrino é uma partícula sub-atómica dificilmente detectada porque sua interação com a matéria é muito fraca, sua carga é neutra e sua massa extremamente pequena. A sua formação se dá em diversos processos de desintegração em que sofre transição para um estado de energia mais baixa, como quando o hidrogênio é convertido em hélio no interior do Sol. Neste momento são gerados todos os comprimentos de ondas.
A maioria dos neutrinos que atravessam a Terra são provenientes do Sol, e mais de 50 trilhões deles passam através do seu corpo a cada segundo.
Se neutrinos podem viajar mais rápido do que a velocidade da luz,
então o preceito fundamental de que as leis da física são as mesmas para
todos os observadores cai por terra.
A ideia de que nada pode viajar mais rapidamente do que a luz é um
pilar da teoria da relatividade especial, formulada por Einstein. E esta
teoria está na base de toda a física moderna.
Isto sim, pode apontar para uma "nova física" - desde que os outros
pesquisadores não encontrem erros no experimento e nas análises.
"Dadas as potenciais consequências de longo alcance desse resultado,
medições independentes serão necessárias antes que o efeito seja
refutado ou firmemente estabelecido," disse o CERN em nota.
Teremos agora que aguardar mais experimentos para comprovar se Einstein estava ou não certo em seus postulados, porém não se pode negar o fato que essa descoberta é realmente muito importante.